Uma das principais apostas de nosso Projeto está na potência de parcerias colaborativas para a compressão das condições de vida e de saúde de pessoas negras em situação de rua, inserida na lógica de produção coletiva, situada e participativa de saberes e práticas de saúde.
A busca de estreitamento de parcerias, a partir de formas colaborativas de produção de ‘saber-intervenção’, é de fundamental importância para a realização de um trabalho ético e comprometido com pessoas e territórios extremamente vulnerabilizados, voltado às condições de vida e saúde de pessoas negras em situação de rua.
Ressaltamos também que é patente a insuficiente e insignificante ocorrência de projetos colaborativos, cuja centralidade teórica, metodológica e prático-discursiva sobre essa realidade, conduzida por pessoas negras a partir de seus lugares de mundo. Por isso, em todas as etapas do projeto contamos com parceria de órgãos, agências, instituições e pessoas que, de alguma forma, possuem estreito diálogo com a temática do projeto e as diversas ações desenvolvidas.
Assim, contamos com o acúmulo e experiência de mais de dez anos de profissionais negros da Equipe do Cnar da Clínica da Família Victor Valla – Marcelo Soares, Daniel de Souza e Anderson Costa, em inúmeras ações do projeto, com destaque para a viabilização de momentos como a etnografia, a Oficina com mulheres, o projeto terapêutico singular, dentre outros; bem como com a experiência com população em situação de rua e militância antirracismo negro de Jaçanã Bouças, do MNU – Movimento Negro Unificado, ao longo de todo o projeto; com Vânia Rosa, Coordenadora do Fórum Pop Rua RJ e Fundadora dos Projetos Juca e Rua Solidária, na organização e realização do webinário “Estar na rua e COVID-19: velhos problemas e novos desafios”. No apoio ao evento remoto também contamos com o apoio do Sindicato de Trabalhadores da Fiocruz (ASFOC – SN).
Para a realização da Oficina com mulheres negras contamos com Elivanda de Souza do Espaço Normal da Redes Maré e com a coordenação e dinamização de Ludmila Almeida do Diálogos em Movimento e Rachel Barros da ONG Fase. Com o auxílio na curadoria para a exposição fotográfica e também na oficina, tivemos a presença de Lilian Leonel, que também integra o Redes da Maré, trazendo sua vivência empírica. O Coletivo Negro Fiocruz também apoiou essa pesquisa.
