A apresentação do estudo na IX Conferência Latino Americana e Caribenha de Ciências Sociais (CLACSO), ocorrida de 7 a 10 de junho de 2022, na Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), teve por objetivo analisar e propor condições para a inserção de marcadores raciais e do enfrentamento ao racismo na agenda da gestão pública e no cuidado em saúde. O processo de formação política e societária brasileira de caráter colonial, imprime historicamente o lugar e o valor de sujeitos e corpos, fundamentado na distinção de cor – o racismo.
O trabalho “Racismo, acesso e cuidado à população negra em situação de rua – em busca de formas colaborativas de produção de ‘saber-intervenção”, apresentado na conferência pela professora e pesquisadora Roberta Gondim de Oliveira (ENSP – FIOCRUZ), aponta que as pessoas em situação de rua, majoritariamente negras têm no território da rua uma forma de moradia e/ou subsistência desde o período escravista e pós- abolicionista brasileiro.
Gondim ressalta que: “A pobreza do Brasil é negra! Segundo IPEA, dos 53 milhões de brasileiros que vivem na pobreza, 63% são negros; dentre os 22 milhões de brasileiros que vivem abaixo da linha de pobreza, 70% são negros. O perfil geral da população em situação de rua é predominantemente do sexo masculino (82%) e negro (67%) (Brasil, 2008). Assim, as condições de saúde em face das desigualdades raciais seguem o mesmo padrão, no qual a população em situação de rua é identificada a um perfil de morbimortalidade desfavorável em relação a população geral, com destaque para os problemas psiquiátricos, HIV/AIDS e Tuberculose”.
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